sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Processo Decisório

Processo Decisório

O processo de tomar decisões, como parte do trabalho dos administradores, foi destacado por diversos praticantes e estudiosos da administração, como Fayol e Mintzberg. Estudar o processo de tomar decisões ajuda a compreender o trabalho gerencial e a desenvolver as atividades de administrador.


Na seleção de futuros gerentes, muitas organizações procuram avaliar a aptidão dos candidatos para analisar e resolver problemas, individualmente e em grupo. Esse é um indício a mais da importância da capacidade de tomar decisões no elenco da capacidade dos gerentes. Por causa dessa importância, o processo de tomar decisões firma-se como sendo uma disciplina com vida própria dentro do campo da administração. Assim sendo, diversas técnicas foram desenvolvidas, para tornar mais fácil e com mais qualidade a participação dos gerentes, como de outros profissionais dentro desse aspecto de trabalho.

A Atividade de tomar decisões é crucial para as organizações. Essa atividade acontece todo o tempo, em todos os níveis, e influencia diretamente a performance da organização. Esse processo precisa ser bem compreendido para ser levado a bom termo. A dificuldade em se ter a “decisão perfeita” é contemplada quando se discute as dificuldades encontradas no momento da decisão e a racionalidade das decisões. Uma decisão é uma escolha para enfrentar um problema. A decisão conduz a outra situação, que pode exigir novas decisões.

O processo decisório dentro das organizações está tão presente que se pode confundir administração com tomada de decisão. Isto acontece em todos os níveis, seja no chão de fábrica ou no topo responsável pela administração estratégica da empresa.

A importância da tomada de decisão na organização é bastante clara e pode ser percebida empiricamente em qualquer análise, organizacional. Todas as organizações, sejam elas públicas ou privadas se defrontam com estas questões. Por meio do processo de tentativa e erro e da política do “dar e receber”. Atualmente os gerentes e pessoas envolvidas nos diversos processos decisórios das organizações necessitam de suporte (mesmo cientifico) para que Aconteça de uma forma mais satisfatória.

É importante perceber que a decisão não é um fim em si mesmo e sim uma etapa para que os objetivos sejam alcançados. Nem sempre o esforço é dirigido para o objetivo final, e sim para um objetivo intermediário, que somado a outros constituem o objetivo final, Tem-se aí uma rede cuja ponta final é o objetivo maior da organização e, neste contexto, os tomadores de decisão precisam escolher entre as diversas alternativas.


Por: Josué Silvio Fortunato
Postado por: Jamilly Silva

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Teoria dos Jogos e sua Aplicação em Economia



A Teoria dos Jogos é um ramo da matemática aplicada que estuda situações estratégicas onde jogadores escolhem diferentes ações na tentativa de melhorar seu retorno. Inicialmente desenvolvida como ferramenta pra compreender comportamento econômico e depois por Corporação RAND para definir estratégias nucleares, a teoria dos jogos é agora usada em diversos campos acadêmicos.

A partir de 1970 a teoria dos jogos passou a ser aplicada ao estudo do comportamento animal, incluindo evolução das espécies por seleção natural. Devido a interesse em jogos como o dilema do prisioneiro, no qual interesses próprios e racionais prejudicam a todos, a teoria dos jogos vem sendo aplicada na ciência política, ética, filosofia e, recentemente, no jornalismo, área que apresenta inúmeros e diversos jogos, tanto competitivos como cooperativos. Finalmente, a teoria dos jogos despertou a atenção da ciência da computação que a vem utilizando em avanços na inteligência artificial e cibernética. A Teoria dos Jogos tornou-se um ramo proeminente da matemática nos anos 30 do século XX, especialmente depois da publicação em 1944 de “The Theory of Games and Economic Behavior” de John von Neumann e Oskar Morgenstern.

Em economia, a teoria dos jogos procura encontrar estratégias racionais em situações em que o resultado depende não só da estratégia própria de um agente e das condições de mercado, mas também das estratégias escolhidas por outros agentes que possivelmente têm estratégias diferentes ou objetivos comuns.Os resultados da teoria dos jogos tanto podem ser aplicados a simples jogos de entretenimento como a aspectos significativos da vida em sociedade. Um exemplo deste último tipo de aplicações é o Dilema do prisioneiro (esse jogo teve sua primeira análise no ano de 1953) popularizado pelo matemático Albert W. Tucker, e que tem muitas implicações no estudo da cooperação entre indivíduos. Os biólogos utilizam a teoria dos jogos para compreender e prever o desfecho da evolução de certas espécies. Esta aplicação da teoria dos jogos à teoria da evolução produziu conceitos tão importantes como o conceito de Estratégia Evolucionariamente Estável, introduzida pelo biólogo John Maynard Smith no seu ensaio “Game Theory and the Evolution of Fighting”.

Em complemento ao interesse acadêmico, a teoria dos jogos vem recebendo atenção da cultura popular. Um pesquisador da Teoria dos Jogos e ganhador do Prémio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, John Nash foi sujeito em 1998 de uma biografia por Sylvia Nasar e de um filme em 2001: Uma mente brilhante. A teoria dos Jogos também foi tema em 1983 do filme Jogos de Guerra. Embora similar à teoria decisão, a teoria dos jogos estuda decisões que são tomadas em um ambiente onde vários jogadores interagem. Em outras palavras, a teoria dos jogos estuda as escolhas de comportamentos ótimos quando o custo e beneficio de cada opção não é fixo, mas depende, sobretudo, da escolha dos outros indivíduos

Márcio Vital

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Onde eu uso Teoria dos Jogos

Alguns insights para uma nova forma de pensar
A beleza da Teoria dos Jogos é que, mesmo originada da matemática, ela nos ajuda a ter um modelo mental para situações do cotidiano onde precisamos prever comportamentos alheios nos momentos de competição ou cooperação.
A seguir alguns insights que eu sempre tenho em mente após aprender a Teoria dos Jogos como um framework.
Primeiro, Teoria dos Jogos me permite buscar meus objetivos sem interpretar o meu auto-interesse ("egoísmo" para alguns) como uma atitude ruim e antiética. Não há necessidade de se sentir culpa. Da mesma forma, a teoria me permite enxergar como legítimo o auto-interesse do outro jogador, sem considerá-lo um inimigo moral. Mesmo existindo interesses individuais conflitantes, ainda é possível ter uma atitude colaborativa, onde cada um se aproxima ao máximo dos seus próprios objetivos.

Segundo, entender a "lógica da situação" me propicia ficar atento sobre como o desenho dos incentivos influenciam comportamentos e como as pessoas reagem a eles. Saber o que o outro realmente quer (suas reais motivações) é um exercício que faço para prever as atitudes.

Terceiro, a Teoria dos Jogos me possibilita ser mais racional em determinadas situações, sem reagir com mágoa/raiva/espanto quando o outro age de forma diferente do que eu gostaria. Ao entender o desenho do jogo, eu consigo admitir que eu reagiria da mesma forma se estivesse no lugar dele.
Quarto, eu passo a ser mais prudente nas ações, não necessariamente lento, ao tomar as decisões antecipando a reação dos outros, ajustando a estratégia inicial por conta disso. Assim minimizam-se os erros bobos e os comentários do tipo "fui surpreendido". Você nunca será surpreendido se mentalmente se colocar na posição do outro, considerando as opções que ele tem e considerando que ele quer o melhor para ele.
Por último, interpreto que Teoria dos Jogos, assim como qualquer outra teoria, não é a solução para todos os problemas. Teoria dos Jogos é para a Economia o que a Física é para a Engenharia: fornece alguns fundamentos para que se una com outros conceitos e se torne prática. Teoria dos Jogos e Física apresentam os conceitos. Economia e Engenharia convertem na prática.

Em resumo, após estudar Teoria dos Jogos eu passei a admitir:

- que a vida é um jogo, sem preconceito, e somos parte dele

- que as pessoas têm objetivos diferentes

- que esses objetivos diferentes são devido ao auto-interesse, pois todos querem melhor para si, e isso é totalmente legítimo

- que eu agiria da mesma forma no lugar do outro, considerando o desenho dos incentivos que ELE tem

- que quem define o resultado do jogo é o próprio desenho dos incentivos (ou matriz de payoffs)

- que é possível todos se beneficiarem se usarem esta mesma lógica.

Como exemplo, é benéfico saber quando estamos presos num Dilema do Prisioneiro, pois este "modelo" gera insights para buscar cooperação e, se não for possível, tentar resenhar os payoffs do jogo para que o equilíbrio, mesmo com decisões isoladas, seja melhor.
Assim, usando Teoria dos Jogos, eu compilaria as seguintes dicas:

* Lembre-se que os resultados que pretende não são isolados, mas frutos da interdependência das suas ações e do outro. Tudo o que fizer terá alguma reação e a combinação de ações é que define o resultado final para ambos.

* Coloque-se no lugar do outro antes de agir e imagine quais incentivos e opções ELE possui para agir. De forma racional e consistente, imagine o que você faria se você FOSSE ELE. Isso é diferente de "o que você faria NO LUGAR DELE".
* Se você tem uma estratégia dominante, aquela que você tem o melhor resultado independente das ações do outro, use-a. Isso significa que não precisa perder tempo avaliando todas as decisões pois isso não afeta o seu resultado.
* Preocupe-se com o SEU resultado como objetivo final. Ou seja, se você ganhar mais com certa combinação de ações, ótimo. Não fique preocupado se você, ao ganhar mais, permite que ele ganhe mais. Ao conseguir o SEU máximo possível dada a situação, não compare os resultados dele pois a vida não é um jogo de soma-zero - ambos podem ganhar. Apenas considere o resultado DELE para prever a ação DELE.
* Considerando as premissas e desenho dos payoffs, aja racional e consistentemente para atingir os objetivos. Se sua estratégia é agir irracionalmente de propósito, então sua ação é racional. Se o seu oponente parece agir de forma irracional, então ele deve ter premissas, objetivos e matriz de payoffs diferentes - os quais você não conseguiu captar corretamente.
* Como mostram outras teorias comportamentais, desvios de racionalidade existem. Saber quais são os vieses cognitivos de uma decisão (exemplo: ancoragem ou dificuldade de lembrança) pode te ajudar na sua estratégia para prever corretamente quais premissas e utilidades seu oponente valoriza.
* Resultados sub-ótimos, ou equilíbrios ineficientes, existem e fazem parte dos jogos reais. Se você não ficar satisfeito com essas imperfeições conquistadas, você precisa mudar o desenho de incentivos. Caso contrário o equilíbrio será sempre o mesmo: o ineficiente ou sub-ótimo.
* Não precisa calcular todos os números de todos os resultados para tomar decisões. Use um sistema de ranking ou preferências (as utilidades de cada opção), mesmo que sejam as palavras "mais lucro" e "menos lucro" num padrão referencial.
* Exceto um turista que tem certeza que nunca voltará mais ao estabelecimento, é melhor cooperar. A vida está muito mais para um Dilema do Prisioneiro com infinitas repetições do que jogo de uma tacada só. Suas ações de "traição" serão captadas e devolvidas em formato de não-cooperação.



Thatiane Félix

sábado, 17 de outubro de 2009

O Dilema do Prisioneiro


Peter Singer

No início da década de 1980, Robert Axelrod, sociólogo americano, fez uma descoberta notável acerca da natureza da cooperação. A verdadeira importância do resultado de Axelrod ainda não foi devidamente valorizada fora de um grupo restrito de especialistas. Encerra a potencialidade de alterar não apenas as nossas vidas pessoais, como também o mundo da política internacional.

Para compreendermos o que Axelrod descobriu, precisamos primeiro de saber algo sobre o problema que o interessou — um bem conhecido quebra-cabeças sobre cooperação chamado Dilema do Prisioneiro. O nome vem da forma como o quebra-cabeças é geralmente apresentado: uma escolha imaginária que se apresenta a um prisioneiro. Há muitas versões. Eis a minha:

Esse é um jogo onde a capacidade de decisão é posta em xeque. Evidencia-se o individualismo e a busca estratégica para soluções que favoreçam uma saída, buscando sempre a colocação de si próprio no lugar do oponente. O “dilema do prisioneiro” vem mostrar que em situações de risco a saída envolve uma série de decisões que podem gerar inúmeros problemas.

Você e seu cúmplice foram arrastados até a delegacia de polícia e colocados em celas separadas. O promotor diz a você que a polícia possui evidência suficiente para mandá-los para trás das grades por um ano, mas não o bastante para uma condenação mais pesada. Porém, se você confessar e concordar em depor contra seu cúmplice, você ficará livre por ter colaborado, e ele irá para a cadeia por três anos. Já se ambos confessarem o crime, os tiras não precisarão de sua cooperação e cada um sofrerá uma pena de dois anos. Você é levado a acreditar que a mesma proposta está sendo feita ao seu parceiro. O que você faz?

O dilema é que a escolha não pode ser feita no terreno puramente racional. Para ver o porquê, vamos retornar ao nosso cenário inicial. Olhando por um lado, você se sai melhor confessando mas, por outro lado, você se sai melhor ficando quieto. Aqui estão as possibilidades organizadas em ordem:


 Parceiro fica calado


 Parceiro confessa


 Você fica calado


 1 ano para você


 3 anos para você



 1 ano para parceiro


 0 anos para parceiro


 Você confessa


 0 anos para você


 2 anos para você



 3 anos para parceiro


 2 anos para parceiro



Obviamente, para você, o melhor resultado possível é confessar e seu parceiro ficar calado. (Na linguagem da teoria do jogo, salvar sua própria pele, sem se importar com mais nada, é chamado "defecção"). E até mesmo se seu parceiro confessar, você ainda lucra por defectar, já que, se permanecer em silêncio, você pegará três anos de cadeia, enquanto que confessando você só vai pegar dois. Em outras palavras, seja qual for a opção do seu parceiro (e você não tem jeito de saber a decisão dele), você se sai melhor defectando.

Porém, se seu parceiro for tão esperto quanto você, ele vai chegar à mesma conclusão: a escolha racional é confessar. Essa lógica vai, dessa forma, proporcionar a ambos dois anos na cadeia. Será que isso é realmente "racional" quando, se ambos ficassem calados ("cooperação"), cada um poderia pegar apenas um ano? No geral, a cooperação mútua é o melhor, já que a quantidade total de tempo que ambos pegariam seria de dois anos em vez de três ou quatro.

Então, você deve cooperar, certo? Bem, suponhamos que o seu parceiro não chegue a essa conclusão, ou que ele chegue, mas decida se aproveitar de sua confiança, defectando. Neste caso, você terá que encarar o pior resultado possível: três anos vendo o sol nascer quadrado. O que vai ser: você confia nele ou não? O que é mais racional, cooperação ou defecção?

Esse tipo de dilema é vivido por todas as pessoas a todo momento, pois trata-se de um processo que envolve a busca por benefícios individuais, mesmo que para isso outro indivíduo seja "sacrificado". O Brasil vive hoje um "dilema do prisioneiro" em relação ao desenvolvimento de fontes de energias sustentáveis e o “pré-sal”. É de conhecimento de todos, que nas últimas décadas, o Brasil vem desenvolvendo tecnologias e incentivo para o uso de energias renováveis, a advindas de fontes que não poluem o meio ambiente, exemplo disso foi na década de oitenta com a crise do petróleo, quando o Brasil desenvolveu tecnologia para captação de álcool, a partir da cana de açúcar como combustível para automóvel e virou referência no mundo.

Hoje com a descoberta de novas fontes petrolíferas, situadas a quilômetros de profundidade, no fundo do oceano atlântico, pode haver um desvio no propósito do governo em investir massiçamente em fontes renováveis de energia, já que o retorno advindo da exploração do petróleo é imediato e muito mais rentável. Já não se vê a mídia falar tanto no assunto, pois o dilema fica claro: Continuar divulgando as fontes viáveis de energia não-poluentes ao mundo, como saída para a diminuição dos efeitos do aquecimento global ou aproveitar ao máximo a exploração do “pré-sal”, mesmo sabendo que esta é uma fonte poluente que com certeza, contribuirá ainda mais para o desequilíbrio ambiental, mas é o meio mais rápido para alcançar o desenvolvimento do país?

postado por Agnailldo


ROBERT AXELROD - "E A COOPERAÇÃO".

Como encorajar a cooperação_ tirado do Livro de Robert Axelrod, entitulado "A evolução da cooperação." Publicado em 1984 tem ganho bastante relevância na evolução da internet. No livro, Axelrod examina como a cooperação pode emergir e estabilizar um ambiente concebido para a multi-participação.

Axelrod fornece conjunto de máximas para aqueles que querem encorajar a cooperação entre jogadores/utilizadores.


1. Aumentar a Sombra do Futuro. Isto quer dizer, aumentar a frequência de interacção entre jogadores e aumentar a importância do presente jogo tendo em vista os próximos jogos. A importância pode ser aumentada ao tornar públicas as acções do jogador. Este é o início da reputação.



2. Aumentar a Recompensa e diminuir a Tentação e a Punição podem produzir resultados encorajadores.



3. Ensinar os indivíduos a gostarem uns dos outros. Questões éticas e rituais são muitas vezes potenciadas em ambientes onde se verifica o Dilema do Prisioneiro. Estes traços emergentes servem para estruturar e forçar condutas sociais, e podem mesmo alterar a percepção que os jogadores possuem do jogo ao ponto onde a cooperação é mais "desejável" do que a tentação de defecção.



4. Ensinar reciprocidade. Quid pro quo é justo e possui vantagens adicionais. Quid pro quo encoraja os outros jogadores a utilizar estratégias semelhantes; faz com que os jogadores policiem os seus oponentes e desse modo proporcienem um benefício secundário a outros jogadores que também utilizem o quid pro quo (reciprocidade).



5. Melhor a capacidades de reconhecimento. Cooperação funciona efectivamente bem quando os jogadores se reconhecem uns aos outros e se lembram como um determinado jogador se comportou da última vez que se encontraram. O reconhecimento e a memória podem ser melhorados de diferentes maneiras. Etiquetas esterótipadas, status e reputação. Etiquetar os jogadores e categorizá-los em esteriótipos pode fazer com que um grande número de jogadores se torne gerível além de facilitar qualquer tomada rápida de decisões. A reputação é uma propriedade emergente nos grupos sociais. Os jogadores são geralmente reconhecidos pelo grupo como fiáveis ou não. Isto é uma forma de etiquetagem e de memória colectiva

JÚNIOR E MÔNICA

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

TOMADA DE DECISÕES

DECISÃO!

No fundo, as decisões são tomadas em função do seu custo e seu benefício.
As decisões são tomadas de forma intuitiva.
Muitas vezes introduzimos aspectos subjetivos nas decisões, considerando nossa experiência, preconceitos e valores, mas, se escolhermos alguma coisa é porque, objetiva ou subjetivamente, preferimos esta e não a que foi preterida.
Toda a decisão afeta algo ou alguém!
Para decidir: “Precisamos fazer uma análise do sistema considerando corretamente todas as variáveis de todos os seus elementos e as inter-relações entre eles, bem como as relações do sistema com o meio ambiente”.
Decidir requer coragem tanto quanto discernimento. É necessário equilibrar objetivos, opiniões e prioridades conflitantes num contexto de pressão.


Decidir!

Qualquer processo decisório, seja no íntimo do individuo ou na organização, ocupa-se da descoberta e seleção de alternativas satisfatórias. Esse processo só se voltará para a descoberta e seleção de alternativas ótimas em casos excepcionais. Toda decisão envolve, portanto, riscos e incertezas.


O que é uma decisão ? Há necessidade de uma decisão?

Decidir é escolher entre duas ou mais alternativas. Se não não há dissenso não há decisão.
Cumpre lembrar, porém, que não fazer nada, isto é, deixar as ações seguirem seu curso normal pode ser uma decisão.
No entanto, deixar de agir por incapacidade de concluir o curso da ação mais favorável quando é indispensável uma ação é indecisão.
Pode-se corrigir uma decisão errada, pagando-se um preço pelo erro, mas não pode corrigir uma indecisão.


Administrador : Profissional de Tomadas de Decisões importantes!

O administrador deve ter consciência da sua responsabilidade e da sua limitação nas tomadas de decisões dentro das empresas.
A racionalidade requer um conhecimento completo e antecipado das conseqüências resultantes de cada opção.
Considerando o resultado de cada opção, atribuir valores às opções.
Escolha de uma fração dentro das alternativas possíveis.


Tipos de Decisões.

Herbert Simon, criou estes termos para designar as decisões que ocorrem com muita freqüência e as que são novas.

• Decisões Programadas.
• Decisões Não Programadas.

Decisões Programadas.

São mais fáceis de serem tomadas, uma vez que tendem a ser repetitivas, mas, por outro lado, tendem a ser numerosas. Para facilitar o trabalho dos administradores, as empresas criam regras que orientam as decisões como política, normas de procedimento, práticas e rotinas. Isto permite que as decisões sejam tomadas não só mais depressa, mas incorporando a experiência de situações semelhantes ocorridas.

Decisões não Programadas.

São as novas decisões (sem precedentes), que requerem tratamento especial.
E para evitar que as decisões não programadas sejam postergadas além do desejável, é preciso que os executivos aloquem um tempo específico para elas, ou, alternativamente, formem equipes dedicadas à análise e a recomendações específicas para subsidiar essas decisões.




Decisões Estratégicas!

Envolvem a definição precisa do negócio, sua alteração ou, pelo menos, uma mudança no rumo dos negócios. Diferentemente das táticas ou operacionais, as estratégicas são decisões com impactos a longo prazo e grande dificuldade de serem desfeitas. Essas decisões tendem a ser importantes e são tomadas nos níveis hierárquicos mais altos da organização. Geralmente, envolvem grandes investimentos, ou mudanças na cultura da empresa, ou na maneira de conduzir os negócios, ou tem grandes influências no ambiente externo no qual está inserida a empresa.


ESTAPAS DO PROCESSO DECISÓRIO ESTRUTURADO.

Identificação de Sintomas e Sinais.
Análise do Tipo de Problemas ou da Oportunidade Existente.
Identificação de Soluções alternativas.
Análise das Soluções Alternativas e Considerações sobre suas Conseqüências.


ERROS COMUNS NAS TOMADAS DE DECISÕES.

Precipitação.
Cegueira Estrutural.
Falta de Referências de controle.
Excesso de Confiança no Julgamento.
Uso de Atalho Míope.
Agir sem Sistematização
Condução Inadequada de um Grupo.
Auto – Engano sobre o Feedback.
Não acompanhar os Resultados da Decisão.
Falta de auditoria do Processo Decisório.


DECISÕES POUCO ESTRUTURÁVEIS.

Algumas decisões são tão complexas, envolvem tantas variáveis, incertezas e riscos, que mesmo que se procure estruturar o processo decisório, sempre haverá necessidade de flexibilizar o processo e de se confiar no julgamento e na intuição de pessoas que se presumem experientes, honestas e equilibradas. A racionalidade completa nesses casos é inalcançável. A estruturação é menor e a incerteza é maior.


INTUIÇÃO NA TOMADA DE DECISÃO!

É um modo de raciocinar baseado principalmente na experiência, por meio da qual a avaliação da situação e o julgamento das alternativas são feitos de forma inconsciente e automática. Podemos dizer que a intuição está vinculada ao conhecimento tácito e não implícito.


Aspectos psicológicos das decisões.

A armadilha da fixação.
A armadilha do status quo: estado atual (das coisas, dos fatos, da situação).
A armadilha dos custos já despendidos.
A armadilha da confirmação da evidência.
A armadilha da estruturação.
Armadilha de projeções estimativas.


A INFORMAÇÃO.

Apesar das influências psicológicas, a informação é o insumo mais importante para as decisões. Se tudo acontece por meio das decisões das pessoas e se a informação é o insumo básico para as decisões, o gerenciamento das informações e do conhecimento por elas gerado tem importância vital em qualquer organização.


TIPOS E OBJETIVOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES.

São utilizados nas empresas basicamente três tipo de sistemas de informação:

 Sistema de Informação Gerenciais.
 Sistema de Apoio á Decisão.
 Sistema de Informação para executivos.

Sistema de Informação Gerenciais.

É um sistema organizado e integrado de geração, processamento, armazenamento e comunicação de dados e informações aos diversos níveis da administração para efetivação da função gerencial. Sua ênfase é na geração, armazenamento e processamento de informações estruturadas, consistentes e integradas e sua apresentação sob forma de relatórios. (SIG).

Sistema de apoio à Decisão.

É um sistema interativo, que proporciona ao usuário acesso fácil a modelos decisórios e dados a fim de dar apoio à tomada de decisões semi-estruturadas ou não estruturadas.
Os objetivos de apoio à decisão (SAD) é servir de apoio ao processo decisório.

Sistema de Informação para Executivos.

OS sistemas de informação para executivos diferenciam-se dos sistemas de informações gerenciais no que diz respeito ao número de pessoas a quem se destinam. Esse sistema é voltado a um número restrito de altos executivos.


Importância das Informações externas à organização

A maioria dos sistemas de informações trata apenas das informações relacionadas aos fatos internos da organização, mas é preciso incluir nesses sistemas as informações relevantes à organização que ocorrem no ambiente externo. Um dos grandes desafios para as empresas é organizar um suprimento sistemático e significativo de informações relevantes externas à organização.


Quem participa das decisões.

Na maioria das empresas médias e pequenas essa responsabilidade sobre determinada decisão fica implícita e os administradores sabem quem deve tomar cada decisão.
Uma vez tomada as decisão quem deve informá–la? Quem deve ser informado? Quem deve orientar o processo após a decisão ter sido tomada? Quem deve executá-la? Quem deve auditar os resultados da decisão e levar as conclusões ao responsável para as necessárias correções ou modificações de rumo?

domingo, 23 de agosto de 2009

Matriz BCG

A matriz BCG (Boston Consulting Group) é usada como ferramenta, sobretudo na área de Marketing, para analisar um portfólio de produtos ou unidades de negócios, com um conceito similar ao do Ciclo de vida do produto, tem o objetivo de criar Valor em um longo prazo, mas também a empresa deve ter em seu portfólio uma gama de produtos que variam entre os produtos com grandes crescimentos no mercado e aqueles que estão praticamente estáveis em crescimento.

A matriz é composta por 4 quadrantes localizados em um diagrama com o eixo "X" representando a participação relativa de mercado da Unidade de Negócios (da maior para a menor) e o eixo "Y" com a taxa de crescimento do mercado em que a unidade atua.

Com o uso da matriz BCG pode-se avaliar a posição ou tomar a decisão necessária para que um produto permaneça ou não em um mercado, mas não basta somente olhar para a matriz e decidir, existem fatores que podem influenciar na tomada de decisão de uma empresa e perpetuar produtos que não estão mais em crescimento ou até mesmo causem uma certa perda para a organização, mas que por estarem fixados na mente e gosto do consumidor não podem ser retirados do mercado.

Ao observar a matriz BCG pode-se notar que suas dimensões são:


Crescimento de mercado: basicamente é como o produto lançado atingiu o público-alvo, ganhou força com o aumento das vendas e consegue ampliar a fatia de consumidores com um esforço relativamente algo em seu início, mas que irá diminuir ao longo do tempo;

Participação relativa de mercado: é a fatia conquistada, quanto mais consumidores estiverem adquirindo o produto, melhor, mas há o risco do produto tornar-se um problema para a empresa.

Quanto ao posicionamento diante da matriz BCG, podem ser definidos como:

Em questionamento (também conhecido como Ponto de Interrogação ou Criança Problema): com uma característica muito ruim, na verdade a pior de todas, quanto ao seu fluxo de caixa, com muito pouco ou nenhum retorno e muito investimento, conquista uma baixa participação no mercado; quando não há a tomada de decisão para mudar a participação no mercado, o produto consome um grande investimento e pode tornar-se um abacaxi para a empresa;

Estrela: necessita de grandes investimentos e estão sempre em destaque no mercado (líderes), geram uma boa receita e podem ter um equilíbrio no fluxo de caixa, também pode tornar-se uma vaca leiteira quando não há perda de mercado;

Vaca leiteira: com bons lucros e fluxo de caixa, possui um crescimento de mercado baixo, poucos investimentos devem ser realizados e pode representar a base em uma empresa;

Abacaxi (também conhecido como Cachorro, Vira-lata ou Animal de estimação, "expressões que não traduzem bem o conceito em Português"): estes produtos devem ser evitados ou minimizados em empresas, com exigência de altos investimentos em recuperação, o investimento deve ser feito caso haja a possibilidade de recuperação diante do mercado, caso contrário deve-se abandonar, mas pode ser necessário mantê-lo por exigência de um grupo de consumidores.


Algumas desvantagens podem ser notadas, como:

Alta participação de mercado não é o único fator de sucesso;

Crescimento de mercado não é o único indicador de atratividade de um mercado;

Às vezes um "abacaxi" pode gerar mais caixa que uma "vaca leiteira".


De acordo com Bruce Henderson (criador da matriz BCG): "Para ter sucesso, uma empresa precisa ter um portfólio de produtos com diferentes taxas de crescimento e diferentes participações no mercado. A composição deste portfólio é uma função do equilíbrio entre fluxos de caixa. Produtos de alto crescimento exigem injeções de dinheiro para crescer. Produtos de baixo crescimento devem gerar excesso de caixa.Ambos são necessários simultaneamente."



Fonte: Portal da Administração

1 - Teoria da Utilidade

Conceito Econômico de Utilidade


Em teoria econômica, denomina-se utilidade, a propriedade que os produtos tangíveis e serviços têm de satisfazer as necessidades e desejos humanos. Os objetos que têm utilidade são considerados bens, do ponto-de-vista econômico. A caracterização dos bens como econômicos, requer também que os mesmos sejam escassos, isso é: estejam disponíveis em quantidades limitadas.


Bens existentes em quantidades superiores às necessidades humanas, como o ar que respiramos, embora úteis, são considerados bens livres e estão fora do âmbito da Economia.


A decorrência é que para que sejam classificados como bens econômicos, existe a necessidade se sua classificação tanto como úteis, como também escassos.


Bens econômicos são assim, úteis e escassos. Adam Smith, questionava, no célebre "paradoxo do valor", como é que a água, que tem tanta utilidade tem tão pouco valor, enquanto diamantes, que não têm utilidade, têm tanto valor?


Utilidade Marginal


Todos os bens econômicos são regidos pelo princípio fundamental da utilidade marginal decrescente. Esse princípio enuncia que cada unidade sucessiva de um determinado bem adiciona menos satisfação do que aquela proporcionada pela unidade anterior.


A moderna teoria da utilidade marginal é subjetiva e declara que o valor depende da utilidade, isto é, da avaliação subjetiva que os consumidores atribuem aos diversos bens disponíveis no mercado. A satisfação proporcionada pela aquisição de cada unidade de qualquer bem é sempre inferior à propiciada pela aquisição da unidade anterior.


O conceito de utilidade marginal significa também que as escolhas econômicas são tipicamente entre quantidades pequenas, ou marginais. O consumidor não escolhe entre comprar uma grande quantidade de carne ou não compar nada. Em termos mais práticos, ele se pergunta, com base nesses preços, não seria mais negócio comprar um pouco mais de carne e um pouco menos de fígado? Sua comparação não se dá em termos de quantidades totais, mas de quantidades marginiais. Ele pondera as possíveis vantagens de fazer pequenos ajustamentos nas fronteiras de seu padrão de consumo atual.


A força condutora do princípio marginal é que a escolha econômica tipicamente envolve pequenos ajustes na margem de decisão.


As hipóteses que fundamentam a lei da utilidade marginal decrescente, são que: i) os desejos são saciáveis e ii) diferentes bens não são substitutos perfeitos na satisfação de necessidades específicas.


Em escalas de comparações de utilidades, isso equivale a dizer que, quanto mais escasso um bem, tanto maior o seu valor relativo de substituição; a utilidade marginal de um bem que se tornou escasso aumenta em relação à utilidade marginal do bem que se tornou abundante.


Em sua forma convencional, a curva de oferta é ascendente da esquerda para a direita, enquanto que a curva de procura descendente. Os pressupostos dos custos crescentes (rendimentos decrescentes) e da maximização dos lucros, explicam o comportamento da curva da oferta, enquanto que o pressuposto da utilidade marginal decrescente e da maximização da satisfação do consumidor, explicam o comportamento da curva da demanda.


Utilidade Dentro do Conceito Mercadológico


Segundo a administração mercadológica, utilidade se constitui no valor que o consumidor percebe através do uso de um produto, ou seja: a qualidade ou habilidade inerente a um produto para satisfazer um desejo ou uma necessidade.


Utilidade econômica


Essa habilidade de um bem ou serviço para satisfazer as necessidades ou desejos do cliente, se manifesta de várias formas distintas, a saber: utilidade da forma, utilidade de tempo, utilidade de lugar, utilidade de informação, utilidade de posse e utilidade de imagem.


Utilidade de forma: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que os materiais e componentes que nele se incluem, foram combinados de tal forma a se ter aquele produto final específico.


Utilidade de tempo: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que está disponível no momento em que é requerido.


Utilidade de localização: é o valor conferido a um produto em virtude do fato que ele está no lugar onde é demandado. Também denominado de Valor de Transvecção.


Utilidade de informação: consiste no valor que é conferido a um produto em virtude do fato que ele pode prover o usuário com informações úteis.


Utilidade de posse: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que o comprador tem o direito legal de possuí-lo e usá-lo livremente.


Utilidade de imagem: é o valor atribuído a um produto em virtude do fato de que traz satisfação para o usuário na criação de prestígio e estima.

sábado, 22 de agosto de 2009

5 - Teoria dos Mercados Contestáveis

A “Teoria dos Mercados Contestáveis” defende a idéia de concorrência pura e perfeita, na qual não existem barreiras à entrada nem à saída. No que diz respeito à entrada, uma vez assumidos os custos que correspondem à massa crítica, todas as empresas que entram naquele mercado realizam a mesma taxa de lucro. As barreiras à saída significam que não existem custos irreversíveis nesses mercados.


Em um mercado contestável, não existe lucro-extra e todas as empresas que atuam no mercado apresentam a mesma estrutura de custos. Com isso, mercados oligopolistas ou monopolistas podem apresentar as mesmas características que os mercados de concorrência pura e perfeita, no que diz respeito ao bem estar social; isto a partir do momento que as hipóteses de livre entrada e saída na indústria são verificadas.

4 - Teoria dos Mercados Eficientes

Esta teoria oferece uma das visões mais verdadeiras do mercado. Ela afirma corretamete que os mercados refletem a inteligência de todos os membros da multidão, vemos isso claramente na atual crise econômica mundial, mas incorre em erro ao assumir que os investidores são seres humanos racionais, sempre dispostos a se esforçar ao máximo para aumentar os ganhos e diminuir as perdas. Isso, como podemos ver atualmente, não é uma verdade absoluta.
Tendo invista um dos pilares da crise atual, onde, em busca de retornos cada vez mais altos, as grandes empresas financeiras e seus investidores, arriscaram mais do que o necessário, para se proteger das perdas e possíveis quebras.
A maioria dos investidores é racional durante o fim de semana, quando o mercado está fechado. Todos nós analisamos a situação dos papéis, criamos gráficos e analisamos as tendências, e avaliamos que é melhor comprar ou vender, onde podemos obter mais lucros e minimizar as perdas. Quando o mercado abre, todos os planos se perdem no calor das emoções, no sobe-desce dos preços.
Investir é uma atividade em parte racional e em parte emocional. As pessoas geralmente agem na base do instinto, do "achismo" ou conselho de algum "especialista", ainda que suas análises inicias apontem o contrário. Assim como no jogo de poker, um jogador vencedor, gaba-se de suas posições e vitórias, e não percebe os sinais que indicam o melhor momento para venda. O investidor receoso, que já sofreu perdas expressivas, torna-se excessivamente cauteloso. Assim que suas ações caem um pouco, ele vende, não respeitando suas próprias regras de stop. Quando as ações sobem, superando os lucros previstos, ele não agüenta e vende ao menor sinal de queda, para depois recomprar acima do seu ponto de entrada inicial.
Agora, pare e pense, se isso já não aconteceu com você mesmo ou algum conhecido seu.
Seguindo o exemplo, a ação pára e cai, enquanto ele fica observando, primeiro na expectativa da reversão, depois congelado pelo horror, enquanto os preços despencam. No final, não resistindo mais a dor e vende com prejuízo, quase no fundo do poço.
Confesso a vocês que eu já fui vítimas deste mal por várias vezes.
O que há de racional neste processo? O plano original de comprar pode ter sido inteligente, mas sua atuação criou uma tempestade emocional.
Os investidores emocionais não buscam seus melhores retornos a longo prazo. Estão ocupados curtindo a adrenalina ou se contorcendo de medo. Os preços refletem o comportamento inteligente dos investidores racionais, assim como repercutem o desespero da massa.Quanto mais ativo o mercado, mais os investidores se tornam emocionais.
Os mercados são mais eficientes nos períodos de tranquilidade, com tendências claras e bem definidas.Tornam-se menos eficientes a medida que as pessoas ficam mais emocionais. É mais difícil ganhar dinheiro quando o mercado está tranquilo, pois os outros investidores também estão tranquilos. Os investidores racionais, que controlam suas emoções, podem ganhar dinheiro, ao manterem a calma e seguirem as suas regras.
O investidor maduro ganha dinheiro em cima da teoria dos mercados eficientes, pois a maioria das pessoas, quando se trata de dinheiro, agem somente pelo lado emocional, seguindo o modelo de manadas. O investidor inteligente aproveita as brechas criadas pela teoria dos mercados eficientes, por enteder que a maioria das pessoas são movidas pela emoção, e não pela razão.

Uma crise contra a hipótese de mercados eficientes, em favor do debate de teorias

Eugene Fama e Kenneth French ajudaram a consolidar a hipótese dos mercados eficientes em seus estudos no início da década de 1970. Embora ainda dominantes na teoria das decisões financeiras, as ideias da Universidade de Chicago ganharam questionamento desde o estouro da crise em 2007. Seu pressuposto básico é respeitado desde sua criação. Mas o momento atual pede para rever alguns conceitos.
A proposição de racionalidade dos mercados sugere que todas as informações disponíveis estão incorporadas nos preços, fator que torna os movimentos de curto prazo meramente aleatórios. Por isso seria ingênua a tentativa de bater o mercado de forma consistente, o que associa Fama e French ao desenvolvimento da famosa estratégia de buy and hold.
Como os mercados seriam eficientes, a estratégia de comprar determinado ativo e segurá-lo por algum tempo apareceria como a mais (ou a única) razoável. Diversos investidores fizeram fama e fortuna partindo de princípios como este.
Sábios?
No entanto, tal atuação na precificação dos ativos deixa algumas dúvidas. Seguindo a hipótese de que os mercados são eficientes, as chamadas bolhas não se formariam; ou então não durariam por muito tempo.
Transportando o caso para o cenário atual de crise, a hipótese ganha argumentos contrários com a avalanche que derrubou os preços dos ativos na segunda metade do ano passado.
O petróleo é bom exemplo. A cotação do barril passou de US$ 145 para US$ 30 em cerca de seis meses, oscilação tão abrupta que traz à mente a ideia de que havia ou há participação de capital especulativo nos preços, compondo preços inflados e longe de seus fundamentos - uma bolha. Grosso modo, esta situação remete aos estudos das finanças comportamentais, que associam boa dose de psicologia às decisões do investidor.
A irracionalidade das emoções
O debate foi reacendido por matéria da revista The Economist, que cita que "há evidências de que perdas podem tornar os investidores extremamente, e irracionalmente, avessos a risco - exagerando a queda dos preços quando uma bolha estoura". Mais um argumento para se respeitar, mas contrário a um contexto de mercados completamente eficientes.
O estudo das finanças comportamentais de certa maneira não ignora o fato de boa parte das decisões serem tomadas de forma racional. No entanto, aponta que as decisões emocionais também precisam ser consideradas, senão os modelos econômicos não serão bem sucedidos em sua tentativa de explicar o comportamento dos mercados.
Um paradoxo, um meio-termo
No debate entre as teorias, a matéria da Economist cita duas vertentes: o paradoxo de Stiglitz e a hipótese de mercados adaptativos, de Andrew Lo. A primeira bate diretamente na suposição de que as informações disponíveis estão completamente embutidas nos preços.
Como o custo de obtenção das informações não é incluído na precificação dos ativos e todas as informações disponíveis já estão incorporadas, não haveria incentivo para a busca de novas informações, o que por si só revela uma ineficiência do mercado.
Na mesa de discussões, chama atenção a proposta de Andrew Lo. Basicamente, um meio termo com traços de influência da teoria da evolução. Para a hipótese dos mercados adaptativos, Lo considera que os agentes não são racionais nem emotivos por inteiro em suas decisões e, como o contexto do mercado muda, estes agentes acabam cometendo alguns erros enquanto não se adaptam à nova realidade. É o processo de tentativa e erro montando as estratégias de investimento.

2 - Teoria dos Jogos



Uma breve introdução intuitiva

O que é Teoria dos Jogos e como ela pode melhorar as suas decisões estratégicas?

Teoria dos Jogos é um ramo envolvendo estratégia e economia que estuda a tomada de decisões entre indivíduos quando o resultado de cada um depende das decisões de outros participantes, numa interdependência similar a um jogo.

Uma situação estratégica é diferente de comprar um carro. Escolher um automóvel pode parecer complexo pela quantidade de variáveis a considerar. Além do preço, existem a aparência, o estilo, o motor, o conforto, acessórios, a eletrônica, tamanho do porta-mala, porta-trecos, etc.

Existe uma certa complexidade pois há um trade-off a resolver: geralmente nenhum carro possui exatamente todas as características que você gostou. Seria bom se o carro A, como aqueles acessórios, também tivesse a configuração do motor do carro B. Você pode criar um algoritmo (mental ou via computador) para colocar todas as variáveis e pesos de importância (suas utilidades) e criar um ranking. Assim você estaria maximizando o resultado ao, essencialmente, minimizando os trade-offs. Trade-offs sempre existirão - faz parte do processo de tomadas de decisões. É impossível fazer escolhas sem abrir mão de outras.

MAS neste exemplo do carro a decisão é só sua e não há interferência de outros no resultado. Já a Teoria dos Jogos estuda cenários onde existem vários interessados em otimizar os próprios ganhos, por vezes em conflito entre si.

Por exemplo, imagine que em sua empresa você tem dúvidas se deve reduzir o preço de um produto para ser mais competitivo. Inteligente e estudioso de algoritmos de custo-benefício, você decide a estratégia de abaixar o preço em 3% para ter um aumento de receita de 7% ao ganhar mais market-share. Você calculou a relação de custo-preço-vendas e a conseqüente migração de consumidores dos concorrentes para sua empresa.

Entretanto, sua ação certamente produz uma reação em seu competidor. Ele também é inteligente, faz as contas e decide abaixar o preço (ou fazer uma campanha de marketing ou mudar o produto, por exemplo). Como conseqüência da estratégia dele, o seu ganho, imaginado como aumento em 7%, muda para uma perda de 5% pois não aconteceu como você previu.

Sim, você errou na previsão. Sua ação não é isolada, é preciso prever a reação da concorrência.

O mais interessante é que você faria o mesmo que ele. Se tivesse pensado nisso antes, não teria tomada aquela decisão. Ou seja, a menos que seu concorrente pense diferente, você nunca vai conseguir o aumento de receita em 7%, e sim em uma perda de 5%. Portanto, ao se antecipar as ações dele, você deve repensar antes de agir e visualizar todas as implicações de cada decisão, e ele fará o mesmo simultaneamente.

Se você adotar outra estratégia - como abaixar o preço em outro valor, fazer promoção, lançar outro produto -, o concorrente fará outra, e o resultado será diferente. Assim, qual a melhor estratégia que maximiza o seu ganho sabendo que o seu adversário está pensamento o mesmo? A essência da Teoria dos Jogos é mapear todas as implicações e resultados de cada conjunto de ações para escolher melhor. Antes de tomar decisões, imagine o que você faria se estivesse no lugar dele.

Teoria dos Jogos é isso: entender que sua decisão não é independente e ambos os ganhos dependem da combinação de muitas ações em cadeia até chegar em um equilíbrio. Este equilíbrio é o chamado Equilíbrio de Nash, em homenagem a John Nash Jr, prêmio Nobel de 1994 e que foi personagem de Russell Crowe no filme Uma Mente Brilhante, ganhador de Oscar de 2002.

Pensar no concorrente e ações-reações antes de tomar uma decisão parece ser muito intuitivo, você já pensa assim, e não precisaria da Teoria dos Jogos para isso. Portanto, qual a grande utilidade desta teoria afinal ?

A Teoria dos Jogos é uma grande caixa de ferramentas com metodologias que organizam o seu raciocínio para se antecipar as ações de seu concorrente, chefe, colega de trabalho, vendedor de loja, esposa/marido, governo, consumidores, etc.

Neste caixa de ferramentas existem alguns e conceitos que ajudam na comunicação e no entendimento de como as pessoas decidem, como:

- matriz de resultados (ou matriz de payoffs)

- jogos seqüenciais versus simultâneos

- cooperação versus competição

- equilíbrio de Nash

- equilíbrio ineficiente

- estratégia dominante

- backward induction

- jogos repetitivos

- estratégia mista

- informação incompleta

Assim como o modelo das "5 forças de Porter" organiza o raciocínio ao pensar nas estratégias competitivas, a Teoria dos Jogos possui modelos formais e exemplos que facilitam o entendimento das decisões interdependentes e na "lógica da situação".

A base da teoria é colocar-se na posição do outro e raciocinar o que você faria em cada situação, modelando todas as interações com benefícios/prejuízos de ambos e daí tomar a melhor ação estratégica.

A Teoria dos Jogos isolada é bem incompleta, mas apresenta alguns insights para melhorar seu pensamento estratégico como um elemento complementar das demais teorias de decisões tradicionais. Para se aprofundar e para ser um bom usuário da Teoria dos Jogos, é importante unir os conceitos das disciplinas de Estratégia, da Economia Clássica (como preferências e utilidades, resultado esperado, risco e incerteza, free-rider, assimetria de informações), da Economia Comportamental.

A união das tradicionais teorias de decisão com os insights e modelos da Teoria dos Jogos é uma grande forma para melhorar suas decisões estratégicas.